Shibumi
“...Shibumi tem muito a ver com um acentuado refinamento sob uma aparência comum. É uma declaração tão correta que não precisa ser ousada, tão mordaz que não precisa ser bonita, tão verdadeira que não precisa ser real. Shibumi é compreensão, muito mais do que conhecimento. Um silêncio eloqüente. No comportamento é modéstia sem prudência. Na arte, onde o espírito de Shimbumi assume a forma de Sabi, é uma simplicidade elegante, uma brevidade articulada. Na filosofia onde o Shibumi emerge como Wabi, é uma tranqüilidade espiritual que não é passiva; é o ser sem a angústia do vir a ser. E, na personalidade de um homem, é... como posso qualificar isso? Autoridade sem dominação. Algo assim.”
-“ E como alguém consegue alcançar esse Shibumi, senhor?”
-“ Não se conquista o Shibumi. Descobre-se. E somente uns poucos homens profundamente refinados o conseguem. Homens iguais ao meu amigo Otake-san.”
-“ Quer dizer que se deve aprender muito para alcançar o Shibumi?”
-“ Significa que se deve ultrapassar o conhecimento e alcançar a simplicidade.”
(Shibumi- Travanian, S.P. Ed. Nova Cultural Ltda. 1986.)
FONTE: foto Praia da Palmeiras